Estudo de Caso: Museu Municipal do Bombarral

Cliente: Câmara Municipal do Bombarral
Ano de realização: 2025
Local: Bombarral, Portugal
Projeto de museografia: Blue line Lda / Carla Ribeiro
Direção de arte: Anderson Nielsen / Joana Marinho
Arquitetura: Rui Bexiga Vale
Fotografia Patrimonio Cultural: Anderson Nielsen
Consultoria de Acessibilidade: Accessible Portugal
Montagem Expositiva: 4Expo, Lda.
Figurinos Históricos: Alexandrina de Brito
Edição de vídeo: Blue Line, Lda. / Miguel Costa

Contexto

O município do Bombarral, conhecido por sua forte ligação com a história agrícola, a arqueologia e o património da Linha do Oeste, precisava revitalizar a identidade visual e museográfica de seu museu municipal. O projeto visava tornar o espaço mais atrativo, didático e contemporâneo, mantendo o respeito à herança local e ao valor histórico das coleções.

Desafio

Criar uma marca institucional que representasse a identidade histórica e cultural do Bombarral.

  1. Desenvolver uma linguagem visual acessível e moderna para diversos públicos.

  2. Estruturar a museografia com foco em narrativa, fluxo de visitação e experiência imersiva.

  3. Integrar o conceito de design com os conteúdos históricos e arqueológicos do acervo.

Estratégia & conceito

A abordagem partiu do princípio de que o museu não é apenas um espaço de conservação, mas um portal de diálogo entre passado, presente e futuro. Criamos um conceito baseado na ideia de "camadas do tempo", refletindo a riqueza histórica do território: desde vestígios pré-históricos a registros contemporâneos da vida rural e urbana.

Identidade Visual

Logotipo:
Inspirado em elementos arqueológicos, no Palácio Gorjão e nos grafismos da paisagem local (linhas dos vinhedos, estratigrafias e ruínas), o símbolo funde tradição e modernidade.

  • Tipografia personalizada, com traços sólidos e detalhes angulares, reforça a presença institucional.

  • Cores: Tons terrosos e verdes evocam natureza, terra, tempo e memória.

Sistema visual:
Criamos uma malha gráfica modular inspirada em topografia e cartografia antiga, que serve como base para sinalética, catálogos e materiais promocionais.

Nomenclatura das salas temáticas:
Com o objetivo de reforçar a narrativa expositiva e facilitar a identificação dos espaços, foram criados nomes específicos para cada núcleo do museu:

  • Sala Origens – dedicada à Arqueologia

  • Sala Sagrado – dedicada ao Patrimônio Religioso

  • Sala Formas – dedicada à Escultura

  • Sala Palavras – dedicada à Literatura e ao Teatro

Essa abordagem fortalece a identidade do museu e cria um vínculo mais simbólico e memorável com o público visitante.

Museografia

A museografia foi pensada com base em quatro eixos principais:

  1. Narrativa cronológica e temática
    Organizada por núcleos: Arqueologia, Patrimônio Sagrado, Escultura, Literatura e Teatro. A estrutura expositiva permite ao visitante compreender as transformações culturais e sociais do território, promovendo uma leitura fluida da história local.

  2. Design expositivo acessível
    Uso de suportes com diferentes alturas, iluminação dirigida, vitrines de alta visibilidade e painéis com textos objetivos e bem hierarquizados visualmente.

  3. Interação e Imersão
    Inclusão de recursos audiovisuais, vídeos documentais, sons ambientes e depoimentos orais. Elementos sensoriais como cheiros do campo e objetos táteis foram usados para enriquecer a experiência.

  4. Acessibilidade
    O projeto museográfico incorporou princípios de acessibilidade universal:

  • Textos em leitura fácil e com contraste adequado

  • Sinalização tátil e uso de braille em áreas específicas

  • Áudios com descrição das peças e conteúdos para visitantes com deficiência visual

  • Espaço adaptado para cadeirantes e percursos com mobilidade plena

Entregas Realizadas

Criação da marca e identidade visual do museu

  1. Manual de identidade e aplicações

  2. Conceito curatorial e roteiro museográfico

  3. Direção de arte para painéis, sinalética e vitrines

  4. Supervisão de produção gráfica e montagem expositiva

Resultados

Reconhecimento local e regional da nova identidade do museu

  1. Aumento do número de visitantes após a reinauguração

  2. Aproximação do museu com escolas, turistas e moradores

  3. Valorização do patrimônio local através de uma linguagem acessível, contemporânea e respeitosa com a história

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